A importância do
processo respiratório nas
aulas de educação
física e práticas esportivas
Resumo
Na perspectiva de que,
nós professores de educação física e de prática esportivas, utilizando técnicas
respiratórias baseadas em estudos feitos no campo de medicina, psicologia, e de
algumas práticas orientais seculares voltadas para o bem-estar do ser humano,
tanto do aspecto
físico, mental e espiritual, como a yoga, chi kun, tai chi
chuan, za-zen, daremos uma grande contribuição na formação de nossos alunos,
pois através do uso de técnicas respiratórias eles adquirirão um verdadeiro
equilíbrio físico, mental e conseqüentemente emocional.
Discorro neste estudo
sobre a importância da respiração como contribuição para o nosso sistema
orgânico-metabólico, nervoso, de nosso estado emocional, quando na execução de
esforços físicos.
Enfim, abordo a relevância do processo respiratório em nossa
vida, enfatizando que o uso de técnicas respiratórias nas nossas aulas de
educação física e nas práticas esportivas, trarão bastantes benefícios para os
nossos alunos.
Unitermos: Técnicas
respiratórias. Práticas esportivas. Aulas de educação física. (1) Abstract
Introdução
Este estudo pretende
fornecer subsídios, no sentido de conscientizar os professores de educação
físicas e técnicos de equipes esportivas, sobre a importância da respiração,
quando estes submetem seus alunos e/ou atletas às atividades corporais.
Tem-se geralmente como
conceito para respiração, o ato de permuta entre os seres vivos e o ambiente,
de certos elementos gasosos. Um outro conceito, sendo mais específico, diz que
são os meios de fornecimento de oxigênio para o sistema metabólico intra-celular
e posteriormente a eliminação do CO2, sendo este um dos produtos finais dos
mecanismos metabólicos.
Em geral a respiração é
vista apenas como uma resposta à necessidade fisiológica de troca de gases,
porém existe uma relação entre a respiração inconsciente e o sistema emocional
em que se encontra a pessoa, devido a hiperoxidação (ALEXANDER, 1989). Testes
de Rorschach, provaram alterações emocionais devido a esta hiperoxidação
(NAKAMURA,1987).
Portanto, um bom nível
de oxigênio, diminui a oxidose na circulação sangüínea, evitando doenças como o
colesterol, a trombose, como também melhora as funções dos glóbulos vermelhos e
brancos.
Quando ainda feto, o
ser humano utiliza uma respiração bronquial, ou seja, pela circulação nutritiva
das artérias brônquios (HAEBISCH,1973), e já recém-nascido uma respiração
pulmonar, começando a ter relevância a utilização do elemento oxigênio.
A capacidade vital será um dos principais
determinantes para a aquisição da condição física e mental. Conseqüentemente,
para a aquisição dessas condições, o ser humano é possuidor de um importante
músculo, o diafragma, considerado desde a remota antiguidade, como o músculo
essencial a respiração. SOUCHARD (1989), considera o diafragma como o único
músculo verdadeiramente respiratório.
O diafragma é uma
membrana muscular responsável pela ritmação da respiração. Seu movimento
estimula o plexo solar e estabiliza as funções mentais, equilibrando o ciclo
respiratório proporcionando uma estabilidade e aperfeiçoamento da condição
física e mental.
Em estudos realizados no período pós-guerra, descobriu-se que,
quando o homem respirava profundamente aparecia em sua corrente sangüínea, a
endorfina. Esta substância afeta o córtex cerebral e ajuda o homem a esquecer e
a eliminar da memória receios e pavores, como também controlando e regulando a
função de vários órgãos.
Respiração: a força da vida
Em alguns seres vivos,
dentre eles o homem, a respiração se dá durante a vida fetal através da
placentação. O sangue materno penetra nas artérias uterinas e é suprido pelo
feto, através das artérias umbilicais. Estas trocas gasosas são efetuadas pela
barreira placentária (3,5 micra de espessura). Segundo GUYTON (1976), esta
difusão se dá devido ao gradiente de pressão de O2 placentário do sangue materno
para o sangue do feto.
Iniciando o trabalho de
parto, o feto começa a receber interferências. No canal vaginal, o feto recebe
interferências de pressão, mudando assim o mecanismo das trocas gasosas
placentárias, resultando então a expulsão, pelas narinas do recém-nascido, dos
restos do líquido planetário.
Dá-se início a chamada função ventilaria, ou
seja. a troca de ar do espaço alveolar e o sangue (HAEBISCH, 1973; WEST, 1986),
parecendo ser, pois, a primeira experiência de aprendizagem do ser humano, fora
do sistema fechado do útero.
Começando este novo
tipo de respiração, o recém-nascido desenvolverá um complexo sistema que fará
com que mantenha por toda a sua vida o fenômeno respiratório.
Enfatizando a
organização morfo-funcional do aparelho respiratório, com seus movimentos
inspiratórios e expiratórios, destacando inicialmente o diafragma, principal
músculo realizador dos movimentos de inspiração, ele recebe inervação motora
vinda de alguns segmentos cervicais.
Em condições de repouso, ele é responsável por
2/3 a 3/4 do ar utilizado na ventilação (CARVALHO, 1976). Desloca-se cerca de 1
cm, quando o trabalho respiratório está sendo feito em repouso, e pode chegar
até 10 cm quando em grande esforço.
Quando em repouso, a
expiração tende a ser passiva e quando em atividade muscular, com intensidade
de moderada a intensa, ela tende a ser ativa, pois há um maior volume de ar em
cada ciclo respiratório. Estes movimentos cíclicos (inspiração - expiração -
inspiração) geralmente dão-se a uma frequência de 12 a 18 ciclos por minuto,
quando em repouso.
Porém,, diversos fatores podem alterar a
ventilação devido a modificações na freqüência ventilaria, no volume corrente e
no ritmo. São eles: o sono; emoções (medo, angústia, depressão, ansiedade, etc.);
choro; fonação; exercício muscular e algumas causas consideradas mórbidas.
Respiração x esforço físico: uma linguagem respiratória do movimento humano
Para que haja o esforço
físico é necessário que exista uma coordenação entre função circulatória e
função respiratória, e é através desta coordenação que se pode determinar a
capacidade de esforço de um indivíduo.
Tanto o consumo de O2
como a ventilação, aumentam de uma maneira quase proporcional a intensidade de
esforço físico realizado (trabalho, em watts ou kg). Este consumo de O2 quando
é máximo em um indivíduo normal, chega a ser de aproximadamente 3.700 cm3 por
minuto.
Já em um indivíduo que
recebe uma grande carga de treinamento, ele pode chegar a 5.000 cm3 por minuto.
Quando em repouso, os músculos necessitam de aproximadamente 38% de O2 total
disponível e quando em esforço máximo necessitam de 95%.
Estando um indivíduo em
repouso, indivíduo normal e não atleta, sua ventilação será em torno de 7
litros por minuto. Já um indivíduo bem treinado, esta ventilação poderá chegar
em torno de 170 litros por minuto. A ventilação máxima depende da capacidade
vital, da capacidade contráctil dos músculos respiratórios e do diâmetro das
vias respiratórias.
Quando executamos
determinados esforços, o organismo necessita de um tempo para que haja a
adaptação que as transformações de energia passam por processos anaeróbicos e
conseqüentemente os músculos sofrerão um grande déficit de O2.
Este déficit é consequente
de alguns ácidos metabólicos, tendo como destaque o ácido láctico (HAEBISCH,
1973). Passados mais ou menos 5 minutos para os esforços de intensidade média e
uns 8 minutos para os esforços de grande intensidade, a oxigenação dos músculos
tornar-se-á adequada as necessidades energéticas.
Certa quantidade de
energia, quando liberada durante a respiração, será reservada em vários
compostos químico, para ser transformada para o trabalho mecânico no sistema
orgânico, através das ações musculares. McARDLE (1985), cita que estas formas
de energia livres serão utilizadas no:
- trabalho mecânico
-------------------- contração muscular
- trabalho químico
---------------------- biossíntese das moléculas celular
- trabalho de transporte
---------------- concentração de substâncias químicas nos líquidos intra e
extra-celulares
Toda esta utilização de
energia fará com que haja um equilíbrio entre o esforço executado e a
capacidade funcional do organismo.
Após o esforço
começa-se uma nova fase, a fase de recuperação, onde a dívida de O2 durante
o esforço deve ser igual ao déficit de O2 adquirido durante a
fase de adaptação.
Portanto, quanto mais treinamento receber um indivíduo, mais
rapidamente passará a fase de adaptação e mais curta será a fase de
recuperação. É bom enfatizar que o tempo de recuperação torna-se um parâmetro
importante para a capacidade funcional do organismo.
Respiração x emoção: movimento e adesão emocional volitiva
A experiência vivencial
do cotidiano, demonstra que o homem atual, com seus espaços delimitados,
apresenta-se angustiado, emocionalmente descontrolado, inseguro com os padrões
de relações na sociedade.
Sendo o oxigênio, o elemento que nutrirá o cérebro e
este estimulará o sistema nervoso periférico e central, fará com que este homem
inseguro e angustiado tenha outro tipo de comportamento, ou seja, cauteloso e
equilibrado perante à circunstâncias diversas.
Pesquisas afirmam que,
o fato de mal-estar ou dificuldade respiratória na mulher gestante, não é
causado pela compressão das vísceras e sim por pressões psicológicas e
ansiedade.
O pico da capacidade vital acontece da 28a a
36a semana da gravidez, ou seja, um aumento em torno de 15%. NAKAMURA (1987),
destaca que através da respiração profunda, o nível do diafragma baixa em torno
de 3 a 4 cm do normal, e que a cada cm abaixo do nível, a capacidade torácica
cresce 250 a 300 cm3 em média.
Aumentando 1 cm para baixo e 1 cm para cima,
chega de 1000 a 1200 cm3. Onde uma pessoa normal com boa saúde chega a 400 cm3,
e um maratonista depois de vários anos de treinamento, possuidor de uma
capacidade vital excelente, chega a ter em média 5000 a 8000 cm3.
Respiração x cadeias musculares e articulares
Necessário se faz
sabermos distinguir a função respiratória com características e propósitos
fisiológicos das respirações com outros propósitos, tal como: a descontração
muscular e o relaxamento global.
Para CAMPIGNION (1998),
podemos classificar o processo respiratório em:
- Respiração Natural, tendo o
propósito de ventilação e oxigenação dos tecidos;
Tipo Adinâmica - quando em repouso, deitado ou sentado com o tronco apoiado num
encosto. Atende a uma baixa necessidade de O2 causado pela não
atividade. A intervenção muscular diafragmática é mínima.
Respiração ventral.
Para os taoístas, este tipo de respiração não tem limite de tempo, ritmo e
espaço. Faz-se com o corpo relaxado, em estado consciente de que se efetua uma
respiração de maneira natural.
Tipo Dinâmica - quando em estado de vigília, de pé e ativo. Este tipo de
respiração está associada a estática bípede vertical.
- Respiração Forçada, exigida
quando de uma maior necessidade de oxigênio, exigindo uma maior quantidade
de músculos periféricos e de certos músculos de revezamento, dando assim,
um maior volume da região torácica;
- Respiração Reeducativa - também chamada por DENYS-STRUYF (1995), respiração natural reflexa. A prática desta maneira de respirar promove uma liberação das tensões, dando assim, mais liberdade articular e muscular tanto na caixa torácica como no corpo quanto conjunto.
- Isto ocorre, devido ao tempo forte e ativo do ato
de expirar, facilitando o relaxamento pelo alongamento dos músculos
responsáveis pelo bloqueio torácico quando em posição inspiratória.
A maneira de respirar
varia de acordo com as diversas tipologias e das necessidades de organização
das alavancas proclives da coluna vertebral, implicando de maneira favorável ou
desfavorável do alinhamento e, conseqüentemente ao ato de respirar.
Respiração x sistema nervoso
Tem havido um aumento
considerável da insegurança nas relações humanas, à medida que o homem
afastou-se do primitivo e do rural, para o urbano e o industrial.
Ele tenta reagir
instintivamente e estas situações usando de forma inconsciente a resposta de
"luta-ou-fuga", conhecida também como "reação de
emergência". As mudanças incluem aumento de pressão arterial, aumento do
ritmo cardíaco, aumento do ritmo respiratório, aumento do metabolismo do corpo,
ou índice de queima de combustível.
Fisiologistas
evidenciam através de estudos que, sujeitos hipertensos, angustiados,
estressados, podem reduzir estes problemas fazendo sair regularmente esta
resposta. É a chamada resposta do relaxamento (utilizando técnicas de
respiração), uma resposta contrária e involuntária que provoca a redução na
atividade do sistema nervoso simpático.
No Oriente, as funções
fisiológicas podem ser controladas através do uso de antigas técnicas de
meditação da Yoga, do Zen-Budismo, do Ch'i-Kun, capazes de reduzir o consumo de
O2 ou o metabolismo, um mecanismo involuntário parcialmente
ligado ao sistema nervoso simpático.
Estudos realizados em monges zen-budistas,
mostraram que estes podiam reduzir o seu consumo de O2 em torno
de 20% tornando este estudo mais um indicador de que, por meio do controle de
certos atos mentais voluntários, os mecanismos involuntários do corpo ou do
sistema nervoso autônomo, podem ser alterados.
Nas práticas das Artes
Marciais orientais, principalmente as de origem chinesa, dá-se um grande
enfoque ao trabalho respiratório, todo ele direcionados às premissas do
taoísmo, onde a abordagem não só passa pela questão da técnica física, mas sim,
pela, também, atividade mental.
Para se ter uma idéia,
existem quarenta diferenciados métodos de respiração utilizados pelos taoístas
(PAGE,1989; QING, 1999)).
Para os chineses, através dos exercícios
respiratórios, quando executamos uma demorada visualização mental, uma
meditação, contemplação e uma auto-sugestão, há a possibilidade do aumento do
controle sobre o sistema nervoso central.
Respiração x medicina oriental: a adesão cultural
Situando a Respiração
num plano sócio-cultural, dos países do Extremo Oriente, BRODSKY (1984), mostra
que há vários séculos, realizam-se estudos sobre a circulação de energia no
corpo humano, energia esta que recebe vários nomes como prana (Índia), ch'i
(China) e Ki (Japão),
dando um grande enfoque a caixa craniana, por ela conter
vários seios cavitários (frontal, etmóide, esfenóide e maxilar), onde o fluxo
de ar, ou seja, de energia circula primeiramente, como também pode ficar
localizado glândulas como a pineal e a hipófise, e o hipotálamo que tem
como
função primordiais as transformações das necessidades internas do organismo nos
processos nervosos como o medo, a agressividade, a defesa, o libido sexual,
etc. Para ANOKHIN (1986), há uma grande integração do hipotálamo com as reações
vegetativas, somáticas e hormonais do organismo.
Estudiosos da
acupuntura, ligados a osteopatia craniana, dão enfoque ao esfenóide como o osso
mais importante na cabeça. Este osso serve como assoalho para a principal glândula
do ser humano, a hipófise.
Pelas suas funções, esta glândula requer uma parte
de alimentação física, que é retirada do sangue e uma outra na forma de energia
pura, o ar respirado.
Ao respirarmos, a
corrente de ar flui pelas narinas e circula na cavidade esfenoidal, tendo
também um contato com a glândula hipófise.
Portanto o efeito da respiração é
quase simultâneo quando respiramos, pois o ar flui por toda a parte principal
da cabeça, tendo um contato ainda com a glândula pineal e o osso etmóide (serve
como câmara armazenadora de energia) que tem um contato com a membrana que
envolve o cerebelo.
Para os orientais as
conotações gerais da respiração são energia vital, vitalidade e espírito. Nas
Artes Marciais, a palavra respiração (ch'i, em chinês) não nos dá o significado
de ser apenas o ar que inalamos e exalamos, mas como a energia interior que
está localizada no baixo abdome (tanden em japonês), considerado por eles como
o centro psíquico do corpo humano.
Para os praticantes das Artes Marciais o uso
correto da respiração é muito valorizado, considerando-o mais importante do que
a força física pura. O controle da respiração física é importante para o
controle da respiração espiritual.
Respiração x vibração: expansão e recolhimento
Não existe na natureza,
algo em repouso absoluto. Desde o menor átomo até o maior dos astros, tudo está
em vibração contínua.
Com inúmeras formas e
variedades as energias manipulam as matérias, resultando assim uma vibração
harmônica. Os átomos do corpo humano vivem em constante vibração, executando
incessantes permutas e transformações.
Toda esta vibração
segue um certo ritmo. Ritmo encontrado nos movimentos dos planetas, das marés
onde executam os fluxos e refluxos, ritmo encontrado em todo o Universo.
Como nosso corpo faz
parte do Universo, ele está sujeito a estes ritmos e a respiração está baseada
neste princípio. É a partir deste ritmo que podemos obter uma grande quantidade
de ar e usá-lo como desejarmos para obter resultados esperados.
Na respiração, devemos
adquirir uma idéia de ritmo, observando e controlando as unidades de tempo
entre inspiração e expiração, como também as de retenção. O ritmo é mais
importante que a extensão da respiração.
Existe uma alternância
periódica entre as narinas direita e esquerda quando respiramos, é o chamado
ciclo nasal. Podemos facilmente constatar este ciclo da seguinte maneira:
colocando a falange distal do dedo polegar na abertura de uma narina e em
seguida assoar a outra narina, depois inverta o processo e notará que uma das
narinas libera mais facilmente a expiração.
Os iogues, afirmam que
quando respiramos adequadamente usando o método da narina alternada, há uma
interferência no nosso estado comportamental, provocando em bem-estar.
AMARAL
(1984), cita que no Canadá realizaram estudos descobrindo que as atividades
executadas tinham uma correlação com as atividades do cérebro direito e
esquerdo, atuando estes em ciclos.
Considerações finais
Analisando os enfoques
dirigidos à importância da respiração como um processo importante na evolução
do ser humano, tanto do lado da sua formação física quanto intelectual, como
também na sua formação emocional de acordo com as necessidades reais dos grupos
sociais, verifica-se neste contexto, que antigas civilizações como os fenícios,
que já tinha o seu "Livro das Respirações", os chineses, os indus e
os japoneses, tinham e têm a respiração como um ato vital para o ser humano.
Pesquisas são voltadas
para a importância do processo respiratório, no campo da medicina, da
psicologia e psicoterapia, da bioenergética, das artes marciais e nos
treinamentos de atletas de alto-nível.
Isto faz com que se veja nos
profissionais de educação física e esportes, uma aparente falta de consciência
e aplicabilidade da relevância da respiração, quando em atividade ou em
repouso.
Este estudo sugere que
técnicas respiratórias não sejam ensinadas ou executadas exclusivamente em
algumas práticas esportivas que recebem treinamentos de alto-nível ou em
sessões de relaxamento, mas sim na tenra idade do ser humano, quando criança,
em suas aulas de educação física e nas escolinhas de práticas esportivas.
Se nos vários segmentos
da prática da educação física existe o que prega a prática esportiva, e se este
segmento torna-se conhecedor de que, em repouso o gasto de O2 na
respiração é em torno de 5% do uso total do O2 respirado e que
uma hipoventilação voluntária,
nos torna possível aumentá-la para
aproximadamente 30% (WEST, 1986), como também logo após uma respiração normal,
terá os pulmões cerca de 0,5 litro de O2 mas que logo após
efetuarmos uma inspiração máxima poderá chegar em torno de 1 litro de O2,
por que não enfatizar a prática de técnicas
respiratórias quando nos treinamentos de suas equipes e nas turmas de
iniciações esportivas? Já que tornou-se conhecedor que estas práticas trarão
benefícios aos seus alunos, tanto do lado da saúde como do rendimento.
Atento também para um
outro segmento, o que enfatiza a educação física como um meio formador do
cidadão num contexto físico, psíquico e social, e que tem uma preocupação maior
na interação e nas relações sociais.
Relação social implica em comportamento e este
em estado emocional. Nossas emoções atualmente estão dependentes de nossas
tensões, tensões estas causadas pelas ânsias de poder, de crescimento, de
tecnologia, enfim, envolvemo-nos na corrida do produzir mais e mais, na luta do
capitalismo, e entramos inconscientemente numa constante batalha, a da
luta-ou-fuga.
Estas constantes
situações de "luta-ou-fuga", faz com que respiramos menos e mal, e
cabe a nós profissionais da educação física, engajados nessa luta de
passar-e-receber conhecimentos para a formação de
cidadãos e engajá-los numa
sociedade voltada no bem-estar das relações interpessoais, dando enfoque e
aplicabilidade da importância do processo respiratório em nossas atividades.
Finalizando, acredito
que a aplicação de técnicas respiratórias em nossas aulas de educação física e
esportes, seja um processo de transformação, a qual trará influências e modificações
no cotidiano de
nossos alunos. Desta maneira, acredito que a enfatização do
processo respiratório na educação física e na prática esportiva seja
fundamental.
ttp://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 76 -
Septiembre de 2004
Prof. Esp. José Edson
Rodrigues Ferreira
jedson@docente.fal.br
Licenciado em Educação
Física
884o Dan em Judô
Professor da Disciplina
Metodologia das Artes Marciais
Curso de Educação
Física da Faculdade de Alagoas - FAL
(Brasil)
1. Abstract
In the perspective
that, us teachers of physical education and of sporting practice, using based
breathing techniques in studies facts in the field of medicine, psychology, and
of some practices returned secular oriental for the human being well-being, so
much of the physical, mental and spiritual aspect, like yoga, chi kun, tai chi
chuan,
za-zen, will give a great contribution in the formation of our students,
because through the use of breathing techniques they will acquire a true
physical, mental balance it is consequently emotional.
Report in this study on
the importance of breathing as contribution goes our organic-metabolic system,
nervous system, of our emotional
state, when in execution of physical efforts,
finally, I approach the relevance of the breathing process in our life,
emphasizing that the use of breathing techniques in our classes of physical
education and in the sporting practices, they will bring plenty of benefits for
our students.
Keywords: Breathing
techniques. Sporting practices. Classes of physical education.
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